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» EMPREGABILIDADE – NÚMERO DE TÉCNICOS NO BRASIL NÃO ATENDE DEMANDA DE MERCADO

A implantação do Ensino Técnico Profissionalizante no Brasil completou, em novembro, 110 anos, o que mereceu destaque em uma sessão solene no Senado Federal. Entretanto, diferente de outros países, por aqui, ainda é muito baixo o número de estudantes que buscam a formação de nível técnico médio, embora o mercado de trabalho tenha muitas ofertas para esse tipo de qualificação.

Dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) apontam que, na Europa, quase metade dos alunos se formam no ensino profissional de nível médio. O número chega a 63% no Reino Unido. Já o Brasil vai na contramão, com apenas 8% dos egressos do ciclo básico educacional com formação técnica. No país, 61% das empresas têm dificuldades para preencher vagas da área técnica, segundo pesquisa Retratos da Sociedade Brasileira, publicada em 2014 pelo do Ibope.

“No Brasil, o número de matriculados nos cursos técnicos é bem inferior aos diferentes países da Europa, por exemplo. Lá, cada vez mais governos e empresas investem no ensino e na formação de técnicos. A Alemanha é referência. Lá, a educação profissionalizante é conhecida como sistema dual de ensino, que combina o treinamento prático nas empresas com aulas teóricas na escola”, comenta a diretora educacional do Centro de Ensino Técnico (Centec- Eliana Cássica), que até o final deste ano forma 300 novos técnicos em mais de 20 especialidades.

Ela conta que no país, o aluno que busca o curso técnico é jovem, o que indica que a procura por uma colocação no mercado de trabalho tem movimentado o estudante brasileiro. “Há cursos técnicos para todos os segmentos. A formação de técnicos interfere diretamente no crescimento econômico, o qual requer constantes melhorias na infraestrutura, e isso só é possível com trabalhadores qualificados”, ressalta a diretora do Centec Eliana Cássia.

As primeiras escolas de formação de aprendizes foram criadas a partir do Decreto 7.566, de 1909, pelo presidente Nilo Peçanha (1867-1924). Hoje, elas se somam às escolas técnicas do Sistema S e os institutos federais de ensino, além das escolas técnicas particulares.

Benefícios e oportunidades

Entre os benefícios do ensino técnico profissionalizante, especialistas destacam a oportunidade de aprender uma profissão e entrar no mercado de trabalho com maior rapidez; possibilidade de progredir os estudos para o nível superior; inserção real dos alunos em empresas por meio de parcerias destas com as escolas profissionalizantes; o valor menor custo dos cursos (mais acessíveis que os de graduação); menor tempo de duração para se formar; e a necessidade do mercado de trabalho por profissionais técnicos.

Essa necessidade real do mercado por profissionais qualificados tecnicamente foi percebida por Wesley Brito, 23, formando em Logística pelo Centec. Cansado de enviar currículos, ele viu o jogo virar ao conseguir a formação técnica. “Deixei para mais de 300 currículos em diversas empresas e nunca fui chamado. Após eu conseguir a certificação técnica, das seis empresas que deixei o meu currículo, quatro me ligaram”, comemora.

Além do curso de Logística, Wesley também tem formação técnica em Almoxarifado e Operação de Empilhadeira, e afirma que o curso de Logística foi responsável pelo seu crescimento na empresa que trabalha atualmente. “Para assumir o cargo de gerente geral de posto no qual estou hoje, esse curso foi essencial, pois melhorou 100% a minha experiência na empresa, ganhei credibilidade com o chefe”, afirma.

Uma das vantagens dos cursos técnicos é o menor tempo de duração, se comparados aos cursos de ensino Superior. Ainda assim, Valdimar Medeiros, que fez o curso de técnico de Refrigeração e Climatização pelo Centec, afirma que precisou ser forte e superar as dificuldades para concluir o curso. “Às vezes, dava vontade de parar, devido a minha situação financeira. Tive que enfrentar vários obstáculos e quando eu via aqueles que desistiam, mais me dava vontade de prosseguir”, afirma.

Valdimar hoje é dono de sua própria empresa de Refrigeração e Climatização, e afirma que a sua certificação técnica é um diferencial de mercado com relação aos concorrentes. “Agregou muito ao meu negócio, hoje já faço serviço para uma grande empresa que tive que apresentar meu certificado e provar o meu grau de conhecimento dentro da área”, comemora.

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